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Postado por: Matheus outubro 20, 2013

"Boa noite galera! Com um pouco de atraso seque a continuação da história do John. Ótima semana a todos - Matheus"

O Grande Mago, ou quase isso

...O Bargheist levantou-se e saltou sobre Marcos.

Num reflexo fechou os olhos e virou o rosto. Respingos de um fluido viscoso e quente acertaram o rosto de John.
Não era possível. Num momento estava tudo bem e agora Marcos está...espere, não há tempo para hesitações. – Pensou John.
Ao abrir os olhos, a cena era um tanto quanto indigesta, porém reconfortante. No último momento Marcos conseguiu girar sob seu corpo e apontar rapieira para a jugular do Bargheist. O senhor dos cavalos estava completamente coberto por sangue da fera e com sérias dificuldades em levantar-se devido ao peso morto do monstro.
- Seu bastardo indigno, me tira daqui!! – Exclamou Marcos.
Hawk se apressou para tirar o corpo de cima de seu amigo. Assim que conseguiram mover o monstro John estendeu a mão e num solavanco ajudou Marcos a se levantar.
- Pensei que você não conseguiria sair dessa – disse Hawk.
- Já saí de piores velho amigo. Você acha que foi fácil te buscar dentro dos limites da Sombra? Isso porque ainda não sabemos como você foi parar próximo a fronteira, de maneira que conseguíssemos te avistar dentro da névoa sombria. – Respondeu Marcos.
- Eu nem me lembro de sair de meu castelo....como ia dizendo, preciso de sua ajuda. Rei Theodor fez uma grande besteira e pôs em cheque todos nós. Ele abriu um portal para Valvin com a ambição de se tornar um  feiticeiro das sombras porém este portal está fora de controle. Você sabe muito bem os terrores que acompanham as sombras de habitam Valvin. A névoa sombria é o menor deles. – Explicou John.
- E o que podemos fazer?! Não podemos deixar que mais um reino fique sob o domínio das sombras. – Questionou Marcos.
- Temos que selar esse portal. Aí entra sua ajuda: o selo só é possível com magia élfica. Selena conhece este selo e precisa do veneno de uma Fur’lah para fazê-lo. Estou reunindo um pequeno, mas seleto grupo de guerreiros capazes de entrar e sair da floresta Rapyde com um pouco do veneno da Rainha das aranhas. – disse John
- Conte comigo. Deixe-me apenas  reunir meus equipamentos e me limpar. – Disse Marcos determinado.
- Certo. Prepare três dos melhores cavalos e me encontre do lado de fora,  enquanto isso recrutarei o último dentro dos limites da cidade de Ironin. Irei a torre do Grande Mago...dizem que ele quase não dorme, portanto a essa hora ele já deve estar acordado. Creio que precisaremos da ajuda dele. Partiremos na alvorada, após os acontecimentos dessa noite, teremos que antecipar nossa partida.
Os dois seguiram obstinadamente em direções opostas, Marcos para seus aposentos e John para a saída do castelo. Passou pela portinhola lateral no portão da rainha. Ao atravessar percebeu no topo da torre do mar (torre que faz parte da construção principal do castelo) uma estranha formação nebulosa com formato espiral emergindo das janelas. Provavelmente o portal foi aberto lá, por Theodor.
Seguiu em direção a saída principal. Os guardas possibilitaram a passagem por uma abertura estreita. John viu-se na rua.
As ruas de da cidade eram muito diferentes da luxuosa fortaleza de Rivenluth. Eram enlameadas e cheiravam mal. As casas eram feitas de pedra nas proximidades do castelo. A esquerda uma sólida construção de alvenaria com um observatório no topo destacava-se: a torre do Grande Mago do Leste: Pellegrin Seatrich, homem poderoso, sábio e persuasivo. Um dos 5 grandes magos, senhor das artes do mar.
O caminho estava iluminado por tochas até o início do jardim que rodeava a torre. A grama era cuidadosamente disposta de forma a representar as ondas do mar. Iluminando os jardins grandes águas-vivas flutuavam com chamas azuis em seu interior.
John caminhou calmamente até a porta. Ao chegar próximo a ela ouviu uma voz grave e seca:
- Entre e sente-se por favor. – disse Pellegrin.
Abriu a porta e viu-se de frente a uma mesa com uma vela solitária ao centro, que era capaz de iluminar todo o salão. A torre internamente possuía muito mais espaço do que sua estrutura externa aparentava. Tinha 2 grandes portas no final do salão e quarto portas menores, a  esquerda e a direita. As escadas espirais começavam a sua direita e subiam, passando por incontáveis outras portas e patamares, escondendo segredos que provavelmente nenhum homem comum terá acesso.
De uma das portas da direita saiu Pellegrin, um senhor de aparência cansada de incontáveis anos, barba e cabelos brancos grandes e bem cuidados. Seus olhos azuis, vívidos eram a única parte de seu corpo que parecia não sentir passar dos anos. Estava vestido com uma grande túnica preta.
Ao ver o grande mago John sentou-se e aguardou.
O mago caminhou tranquilamente e se aconchegou na cabeceira oposta da mesa.
- Tenho observado os últimos acontecimentos. Sei que veio solicitar minha ajuda e fico lisonjeado com isso. Realmente , é preocupante a abertura desse portal das sombras. Infelizmente seu selamento está além de meus conhecimentos. – Disse o Grande Mago.
- Selena pode selá-lo, precisamos apenas dos ingredientes certos para a confecção do selo. Ela me certificou que precisamos apenas do veneno de uma Fur’lah para concluirmos a feitiçaria. – Retrucou John.
- Hummm...veneno de Fur’lah...sim lembro-me de certa vez ouvir Lucius (Grande mago do centro, senhor das artes da luz e das trevas) falando sobre o emprego do veneno de Fur’lah para grandes magias. Poderia sem problemas ajudá-lo nessa busca pela floresta Rapyde, porém algo está me preocupando bastante: minha visão dos acontecimentos está sendo ofuscada por alguma coisa muito poderosa. Terei de ir encontrar-me pessoalmente com Lucius para discutirmos e entendermos o que está acontecendo. – Ponderou o Grande Mago.
- Mas Grande Mestre, precisamos de alguém com habilidades mágicas para nossa empreitada. Seria um grande risco fazer uma incursão na floresta Rapyde sem alguém com esse poder. – disse Hawk.
- Você sabe muito bem que não o deixaria sem resguardo, herdeiro de Míriade. Seu sangue deve ser protegido. Em breve iremos discutir sobre o seu destino. – disse Pellegrin olhando fundo nos olhos de John.
- Como assim meu destino? – questionou John intrigado.
- Cada contenda a seu tempo Miriadiano. Tudo tem seu temp... – a resposta do grande mago fora interrompida por um grande chiado proveniente de uma das portas de um dos andares superiores.
Fumaça saiu da porta, seguida de um grande estouro que arrombou-a, liberando um grande clarão e disparando um corpo, voando pelo interior do salão principal. Uma forma humana despencou.
- AAAAAAAAHHHH. – gritou a criatura.
O Grande mago fez um gesto com sua varinha e o borrão que caia a grande velocidade começou a frear até pousar suavemente sentado no chão. Um jovem esguio, cabeludo com um cavanhaque antiquado e bem chamuscado tomou forma.
- Não era bem esta a forma que eu gostaria de apresentar Cornelius Fringe, meu aprendiz.
- Mu..mu...muito prazer – Apresentou-se Cornelius.
- O prazer é todo meu – disse John enquanto pensava: que tipo de brincadeira é essa, um aprendiz de mago e ainda por cima GAGO!?
- S...s..senhor, c..como anda sua cicatriz? – questionou Cornelius.
- Isso é maneira de tratar nosso hospede Cornelius? – recriminou Pellegrin.
- Sem problemas, ela ainda me incomoda e hoje a noite teve um comportamento estranho, vi uma pequena labareda saindo dela durante um ataque de uma sombra.
- A-há eu sabia, não te disse mestre?! – Disse Cornelius animado.
- Controle-se aprendiz. Ataque de uma sombra...hum...a situação é mais grave do que eu pensava...não consegui perceber esse acontecimento, bem debaixo do meu nariz. – disse o Grande Mago.
- Como assim: “eu sabia”? Só eu que não sei das coisas? O que está acontecendo? – Disse John incomodado.
- Sua cicatriz começou a despertar em você os poderes a muito adormecidos de seus antepassados. Como disse antes: cada contenda a seu tempo. Retomaremos este assunto quando retornar. – Replicou Pellegrin.
- Cornelius, apresse-se e pegue suas coisas. John...creio que tu devas retornar a Rivenluth agora. Precisam de você por lá.. – Completou Pellegrin.
- Como assim precisam de mim? – assustou-se John.
Subitamente os dois magos desapareceram.
- Malditos magos e seus joguinhos. – sussurrou John.
Após isso John saiu apressadamente da torre. Ao pisar do lado de fora Um grande estrondo veio do quarto da rainha, uma fumaça negra brotava das janelas de seus aposentos.
John correu.

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